terça-feira, 2 de setembro de 2008

As eleições e as novas tecnologias

No último dia 23 de agosto,durante um discurso em Springfield (Illinois, norte dos EUA),o candidato democrata Barack Obama anunciou oficialmente que o senador Joseph Biden é seu companheiro de chapa.

Obama anunciou o que todo mundo já sabia, pois no dia anterior ao anúncio oficial a imprensa americana driblou a assessoria de Barack Obama e furou a estratégia inovadora da campanha do democrata, que divulgaria por e-mail ou mensagens de textos (SMS) o nome do vice da chapa . Ou seja, os milhões de eleitores de Barack Obama deveriam ter sido os primeiros a saber da novidade, mas vários jornais conseguiram essa informação com fontes democratas anônimas e divulgaram na noite de sexta-feira, momentos antes da hora chave que a assessoria enviaria a notícia para os eleitores.

Apesar do furo da imprensa, essa estratrégia de informar os eleitores usando as novas tecnologias conferiu um certo charme à campanha de Obama, dando um ar de modernidade, além de valorizar a relação entre candidato e eleitor, fazendo com que o eleitor sinta-se especial, importante.Tanto que até eu fiquei com vontade de me inscrever no site para receber a tal novidade.

Há várias semanas, a campanha de Barack Obama vinha convidando o público a entrar no site da campanha para se inscrever e receber a mensagem com o nome do vice para as eleições de novembro nos Estados Unidos. Foi a primeira vez que os eleitores americanos receberam notícias da campanha por meio de mensagens eletrônicas

Enquanto os americanos tentam explorar todo o potencial das novas tecnologias nas campanhas eleitorais, já que elas permitem mensagens diretas a públicos mais específicos e por meios não convencionais, aqui no Brasil o TSE deve suspender o envio de torpedos web durante a semana da eleição, determinando que operadoras de telefonia suspendam, nesse período,o envio de torpedos por celulares em suas páginas na internet.

Aos nossos candidatos, para não serem pegos de calças curtas, só resta investir nas ferramentas mais tradicionais da política, como o bater de porta em porta, o corpo a corpo pelos bairros, distribuir o bom e velho santinho e investir nos programas de rádio e tv. E esqueçam os blogs, os e-mails, as mensagens de textos (SMS)...pelo menos nessas eleições!

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