Mais um embate, ou melhor, debate!

Hoje, dia 28, a partir das 22 horas, a Band Curitiba promove mais um debate com os oito candidatos à Prefeitura de Curitiba . Todos os candidatos já confirmaram presença!

Minhas impressões I

Esta semana continuamos a comentar sobre a perfomance dos candidatos a Prefeito de Curitiba durante entrevista concedida ao jornal Paraná TV – 2ª edição. A ordem das entrevistas foi escolhida por sorteio realizado na presença de representantes dos partidos. Já as entrevistas por mim comentadas foram escolhidas segundo um critério muito particular. Hoje é a vez do Beto e do Fábio serem alvos dos meus comentários.

Beto Richa – Na sexta-feira (22), o entrevistado foi o Beto Richa. Lembram quando eu comentei aqui na sexta-feira que o candidato Carlos Moreira quase não olhou para a câmera, ou melhor, para o eleitor? Pois é, minha gente, o Beto olhou menos ainda! Olhou uma única vez durante toda a entrevista. Parecia conversar somente com o apresentador e nessa conversa ele foi muito bem, afinal ele tem um mandato inteiro a seu favor. Abro uma parêntese aqui para dizer que é inegável que o prefeito Beto Richa, durante esses quatros anos, procurou sintonizar sua administração com os anseios dos cidadãos curitibanos. Não é à toa que Richa foi considerado o melhor prefeito do Brasil. E é justamente nisso que consiste o verdadeiro marketing político, que busca extrapolar as técnicas eleitorais para um mandato como um todo, tendo como principal objetivo manter os índices de popularidade estáveis a um nível elevado visando sempre legitimar futuras candidaturas. Foi exatamente o que Richa fez!

Bom, voltando à entrevista. Richa falou dos seus principais feitos frente à Prefeitura de Curitiba, apresentou alguns números importantes e como contra fatos não há argumentos, Beto foi muito feliz na sua entrevista. Ele destacou que cumpriu praticamente todo o seu plano de governo e ainda fez muito mais do que estava previsto. Reconheceu que ainda há muito a ser feito, mas disse que hoje está muito mais preparado para resolver os problemas da cidade do que há quatro anos.

Dois momentos da entrevista merecem ser destacados: primeiro, foi quando o entrevistador ressaltou a conturbada relação de Beto com o governador e perguntou se ele pretende retomar o diálogo com o Requião. Richa respondeu que a hora que o governador quiser, pois ele sempre esteve pronto a dialogar e a negociar. Ele também aproveitou para falar da sua boa relação com o governo federal, enfatizando que ele é um prefeito muito democrático. O segundo momento foi quando perguntado se o seu mandato, caso seja reeleito, será de quatros anos. “Evidente!”, respondeu enfaticamente. Então tá, né? Vamos ver em 2010...até lá muita água vai rolar.

Quanto ao visual, Beto Richa, como sempre, estava impecável! Muito elegante vestindo um terno escuro por cima de uma camisa branca com listras finas na cor azul claro e gravata azul escuro, o candidato conseguiu transmitir um certo ar de jovialidade e, ao mesmo, a seriedade que o cargo de prefeito exige.

Fábio Camargo – o candidato do PTB foi o entrevistado na edição de sábado, dia 23. Camargo começou a entrevista falando da sua trajetória política, destacando que já foi vereador por duas vezes, prefeito interino e agora como deputado seu mandato é voltado para os bairros, por isso ele se apresenta como uma nova opção para administrar Curitiba.

Durante toda a entrevista, Camargo mostrou-se um exímio conhecedor dos principais problemas das comunidades carente, ou melhor, dos bairros mais afastados. Aliás foi esse tema que norteou toda a sua entrevista. Inclusive o entrevistador questionou sobre os problemas do centro, já que o candidato só demonstra preocupação com os bairros e esquece que alguns problemas como falta de segurança, trânsito caótico, só para citar alguns, afetam toda a população da cidade.

Fábio Camargo fica muito bem no vídeo. É bonito, parece um galã de novela, aliás eu acho que ele é a cara do André Segatti. Mas aquele camisa que ele usava durante a entrevista não caiu muito bem não, ficou muito estranho, principalmente com aquele adesivo com o número 45 colado no peito....enfim, não gostei! Tudo bem que, como ele mesmo fala, ele é o prefeito dos bairros, que caminha junto com o povo, acho que por isso ele quis passar um ar mais despojado, massss poderia ter escolhido uma camisa lisa, num tom neutro, ficaria bem melhor! Ah, e sem aquele adesivo né?

O tempo passa, o tempo voa...

Entrevista com os candidatos, nova pesquisa, programa eleitoral na TV, o vice de Obama, convenções americanas...nossa, quanta coisa para a gente comentar aqui!Quatro dias longe do meu blog querido e ele totalmente desatualizado. Mas vamos reverter esse quadro já!

Minhas impressões

Vocês acreditam que eu ainda não consegui assistir aos programas políticos dos nossos prefeituráveis? Sei que estou em dívida com vocês, querido leitores!

Pra amenizar a minha culpa, eu vou comentar a performance dos candidatos a Prefeito na série de entrevistas promovida pela RCP e que vai ao ar no Paraná TV – 2ª edição. Mas não vou falar de todos não, digamos que eu fiz uma seleção de acordo com o nível de representatividade dos candidatos. Como este blog ainda não tem a mesma importância que a Rede Globo, eu não corro o risco de ser processada por um dos candidatos como aconteceu no Rio de Janeiro, onde um dos candidatos alegou falta de isonomia no tratamento dado aos políticos por aquele veículo.

Então vamos ao que interessa?

Ricardo Gomyde - Na quarta-feira, dia 20, o entrevistado foi o candidato Ricardo Gomyde (PC do B). Na minha opinião, Gomyde se saiu muito bem. De fala fácil, quando olhava para câmera parecia que estava conversando com o eleitor frente a frente. Isso pode parecer bobagem, mas é importante que ao se dirigir ao telespectador o candidato não grite como se estivesse num palanque, afinal naquele momento ele está entrando na casa das pessoas. Como sempre ele defendeu o esporte como saída para alguns dos principais problemas da cidade e falou da sua experiência administrativa como Secretário de Esportes do Estado. Foi firme, seguro, respondeu muito bem todas as perguntas do entrevistador e estava muito elegante de paletó com uma gravata vermelha e dessa vez sem aquele botton com o número 65 que ele ostentava no debate da Band. Gomyde consegue transmitir jovialidade modernidade, mas apesar de tentar se mostrar preparado para ser prefeito de Curitiba, eu acho que lhe falta experiência e maturidade política. Daqui a 20 anos, quem sabe né? Assim como no debate na Band, Ricardo Gomyde conseguiu vender bem o seu peixe.

Carlos Moreira – Ontem, dia 21, foi a vez do candidato Carlos Moreira (PMDB), apoiado pelo governador Roberto Requião. Durante a entrevista, Moreria me lembrou bastante Cristovão Buarque ao falar de educação, quando afimrou que nenhuma grande mudança ocorre sem educação. Já ouvi isso antes, em algum lugar ou numa eleição. Moreira defendeu que a solução dos nossos problemas passa pela questão educacional, por isso ele propõe o aumento dos recursos destinados a essa área. Quando perguntado sobre os problemas de trânsito na cidade, ele falou da necessidade de construir trincheiras e viadutos para desafogar o trânsito em alguns pontos críticos da cidade. Ao tratar do tema segurança, o candidato falou que é complicado tratar desse tema de forma isolada, pois ele acredita que a questão da segurança passa por uma série de ações conjuntas que evitam conflitos sociais, e então quis jogar a responsabilidade pelo crescimento da violência em Curitiba na administração municipal, ao afirmar que “cidades no Paraná com a mesma polícia militar são mais seguras que Curitiba”. O entrevistador lembrou o candidato que segurança é uma responsabilidade do estado, ou seja, do seu padrinho político Roberto Requião. No geral, achei a entrevista de Carlos Moreira boa, mas ele parecia muito nervoso, mexia bastante as mãos e olhava mais para o apresentador do que para a câmera, ou seja, faltou dialogar mais com os telespectadores. Moreira usava uma camisa azul quase da mesma cor que o fundo do cenário. Ainda bem que ele estava com um paletó mais escuro, caso contrário ia ficar muito mal no vídeo. São detalhes pequenos, mas que a assessoria do candidato deve ficar atenta, pois uma boa imagem no vídeo vale muito.

Amanhã tem mais!

Uma pequena dose de otimismo!

"A política e os destinos da humanidade são forjados por homens sem ideais nem grandeza. Aqueles que têm grandeza interior não se encaminham para a política."
Albert Camus

Há exceções...eu acredito!

Conexão Brasília...eu recomendo!

Sabe quando você se depara com um texto e pensa: “meu Deus, como eu queria ter escrito isso!”? Então, é exatamente isso que eu penso toda vez que eu leio o Blog Conexão Brasília, do jornalista curitibano André Gonçalves.

E vou confessar uma coisa: eu morro de inveja (boa) do André. Explico:o cara mora em Brasília, cidade linda que eu amo, cobre os bastidores da política nacional e escreve muuuuuuito bem!!!

Já que as pessoas costumam falar que não existe inveja boa, digamos que eu tenho uma grande admiração por esse jovem jornalista, que, pra mim, está no mesmo level do Noblat. Assim ficou bem melhor, né?

Programa para hoje à noite!

Começou a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV.

Vou fazer o possível para assistir hoje à noite e amanhã comentar aqui a perfomance dos candidatos à Prefeitura de Curitiba.

Enquanto isso, na terra do Tio Sam...

Os dois candidatos à Presidência americana fizeram dos blogs uma importante ferramenta de campanhas.

O McCain contratou Michael Goldfarb, um ex-"blogueiro" da revista conservadora "Weekly Standard", que comanda o blog "McCain Report".

Já Obama optou por um enfoque que convida mais à colaboração, ao permitir aos partidários que criem seus próprios blogs e, depois, dando permissão para que transfiram parte de seu conteúdo ao "Obamablog".

McCain e Obama também montaram uma super estrutura para arrecadar receitas via internet. No Brasil, porém, a lei obriga que partidos e candidatos tenham os recibos de todas as doações feitas. Na internet, isso não seria possível, ao menos por enquanto

Aqui no Brasil...

Como ainda não há uma legislação específica sobre o uso da internet em campanhas eleitorais aqui no Brasil, fica valendo o parecer do TSE (feito em resposta auma consulta do deputado federal José Aparecido (PV), que proíbe que os candidatos às eleições municipais deste ano se valham das várias ferramentas da internet para angariar votos.

O documento proíbe a publicação de blogs, o envio de spams com as propostas dos candidatos, o chamado e-mail marketing, a participação do político no Second Life, o uso do telemarketing, o envio de mensagens por celular e a veiculação de vídeos em sites como o You Tube.

Pelo que eu sei, há uns dez anos existe um PL em debate sobre o assunto na Câmara dos Deputados e nada de os caras lá votarem.

Enquanto o mundo inteiro discute o conceito de Política 2.0, que tem como principal garoto propaganda o candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos Obama Barack, aqui no Brasil caminhamos na contramão...e a passos de tartaruga.

Café frio: o uso da internet e as eleições municipais

Na última quarta-feira, dia 13, os deputados da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara pediram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em audiência com o presidente do tribunal, ministro Carlos Ayres Britto, a liberação do uso da internet na campanha das eleições municipais.

Segundo o deputado tucanos Julio Semeghini, a artigo que trata da internet é muito restritivo, limita o seu uso exclusivamente aos sites oficiais de campanha, inibindo os candidatos a utilizarem ferramentas importantes e gratuitas para a divulgação de suas proposta. Ou seja, nada de Facebook, de Orkut,de Twitter e nem de blogs (este último só pode se for no site oficial da campanha!)

O deputado lembra ainda que a decisão da Justiça Eleitoral de analisar caso a caso o uso da internet em campanhas tem gerado uma falta de uniformidade nas regras eleitorais, uma vez que os tribunais regionais têm assumido posições diferentes sobre o tema.

Já o presidente da comissão, deputado Walter Pinheiro (PT-BA), durante a reunião ordinária da comissão, defendeu o uso da internet como forma de "equalização" das condições de divulgação das propostas dos candidatos.

Para os parlamentares, o uso de links, vídeos, entre outras ferramentas comuns na internet, podem incentivar o debate (principalmente entre os mais jovens) e também a transparência nas eleições.

Com informações da Agência Câmara

Quem está bem na foto?

É muito comum ouvirmos por aí que pesquisa é uma foto do momento. Sendo assim podemos dizer que o Beto Richa está muito bem na foto. Pelo menos, é o que mostram as três pesquisas divulgadas até agora.

Vamos ver na hora da revelação, ou seja, na abertura das urnas no dia 05 de outubro.

Pesquisa II

Ontem, dia 13, foi a vez do instituto Vox Populi divulgar pesquisa, que aponta ampla vantagem do prefeito e candidato à reeleição, Beto Richa (PSDB).

Na pesquisa estimulada, o tucano aparece com 74% das intenções de voto, seguido de Gleisi Hoffmann (PT), com 10%, e Fábio Camargo (PTB), com 2%.

Cinco candidatos não atingiram o percentual mínimo de 1%: Carlos Moreira (PMDB), Bruno Meirinho (PSOL), Maurício Furtado (PV), Lauro Rodrigues (PT do B) e Ricardo Gomyde (PC do B). Brancos e nulos somam 5%. Não souberam ou não quiseram responder, 9%.

Na pesquisa espontânea, onde a lista com os nomes dos candidatos não é mostrada ao entrevistado, Richa soma 62% da preferência dos eleitores. Gleisi Hoffmann (PT) tem 6% e Fábio Camargo (PTB) aparece com 1%. Os demais candidatos não atingiram 1% dos votos. Neste quesito, brancos e nulos somam 7% e os que não souberam responder, 23%.

Pesquisa I

Na última segunda-feira (11), o IBOPE divulgou a 1ª pesquisa de inteção de votos para prefeito de Curitiba (PR). A pequisa mostra o atual prefeito de e candidato à reeleição, Beto Richa (PSDB), com 72% das intenções de voto. Gleisi (PT) aparece com 13% e Fábio Camargo (PTB) soma 4%.

Os outros candidatos nem foram citados.

Esse resultado indica que não haverá 2º turno em Curitiba.

Tudo por uma paixão!!!

Durante um ano e meio, eu viajei religiosamente todos os finais de semana para São Paulo por conta da minha especialização em marketing político, na Escola de Comunicação e Artes, a famosa ECA, da Universidade de São Paulo (USP). Toda sexta-feira, à meia-noite, eu pegava o ônibus, encarava 400 km de estrada. Chegava lá às 5h30, descia na Francisco Morato, tomava um cafezinho, caminhava até a ECA, tirava um soneca para então encarar 8 horas de aulas. Daí começava o caminho de volta: rodoviária-Curitiba-casa-minha cama, onde eu passava o restinho do meu domingo.

Todos os meus amigos me diziam que isso era loucura: abrir mão dos meus finais de semana, da saída com os amigos, de pegar um cinema, de ficar com a minha família ou simplesmente de não fazer nada. Era cansativo, confesso! Mas eu era movida por uma paixão inexplicável. Se valeu a pena? Claro! Primeiro, porque eu acredito que estudar nunca é demais, principalmente quando é sobre algo que amamos (se fosse um curso de Astrofísica, por exemplo, eu ficaria em casa dormindo!), fiz grandes amigos e aprendi muita coisa bacana.

E é com base no que eu aprendi durante o meu curso, que eu vou comentar um pouquinho sobre a campanha eleitoral aqui de Curitiba. Aguardem!

Paixão pelo Marketing Político...como tudo começou!

Eu nunca me senti atraída pelo poder, mas sim pelos seus bastidores. Esse gosto estranho talvez justifique, mesmo sem saber, a minha escolha pelo curso de Relações Públicas.

Lembro que uma vez uma professora minha falou que um bom profissional de relações públicas não pode querer os holofotes para si, pois não é esse o papel que nos cabe, pois não devemos nunca aparecer mais que os nossos clientes. Se isso acontecer é porque tem alguma coisa errada, ou, melhor estamos no lugar, na profissão errada. A nosssa missão é fazer os outros brilharem, entenderam?

Nessa mesma época, eu comecei a trabalhar como assessora parlamentar na Assembléia Legisltiva do Estado do Amazonas (ALE). Nada de muita responsabilidade, pois a minha pouca idade (eu tinha apenas 19 anos) não permitia. A minha função lá era apenas digitar os discursos do meu chefe enviados pelo pessoal da tipografia e fazer o clipping daquela pilha de jornais. Confesso que não era muito interessante,até que eu comecei a trabalhar no plenário, assessorando o meu chefe. Foi aí então que eu comecei a conhecer os meandros da política. Aprendi que não é no plenário, na arena, que as coisas acontecem e as decisões são tomadas. Tudo isso rola é nos bastidores! E eu acompanhava tudo com muita atenção: as negociações, as barganhas, as brigas, as alianças, etc.

E meu interesse pelos bastidores da política aumentava a cada dia. Mas eu pensava comigo: “gosto disso, mas não quero ser política e ficar sob os holofotes”. Até que um caiu em minhas mãos um livro chamado “Voto é marketing...o resto é política” e me apaixonei pelo assunto e decidi: é isso que eu quero fazer! Pois descobri que uma boa estratégia de marketing aliada ao poder dos meios de comunicação é capaz de mudar os rumos de um país, modificando os nossos pensamentos, nossas opiniões convicções e até mesmo nosso comportamento. A então recente campanha do Collor comprovava tal fato.

Depois vieram as grandes campanhas coordenadas pelo mago do marketing político Duda Mendonça. E eu queria ser uma “Duda Mendonça”. Muita pretensão? Não, pois se quisermos e fizermos um bom uso do marketing político podemos chegar à Presidência da República. Aí, ou melhor, lá está o Lula para comprovar.

Bom, eu não quero chegar à Presidência da República, mas à sala ao lado, nos bastidores, onde tudo realmente acontece!

De olho em 2010...

Na quarta-feira, dia 6, o jornal Correio Brasiliense publicou um artigo do presidente do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, que trata do desempenho do PSDB nas eleições municipais deste ano e os seus possíveis desdobramentos para definição do quadro eleitoral de 2010. Ele acredita que é do ninho tucano que sairá o principal candidato de oposição ao candidato do governo Lula. No artigo, ele ainda destaca que Richa poderá ser o campeão de votos nas capitais. Para Coimbra, Beto Richa e Aécio Neves representam a nova geração do PSDB.

Veja o artigo na íntegra:



Tucanos na eleição

Salvo se algo muito extraordinário acontecer, sairá do PSDB o principal candidato de oposição ao nome que representará, em 2010, a continuidade do atual governo

Pesquisas de intenção de voto, feitas agora, costumam dizer pouco. Nas eleições em que predomina o desconhecimento sobre os candidatos, são quase inúteis. Naquelas em que existe maior informação sobre quem está no páreo, ajudam bem, conseguindo até antecipar resultados, mesmo a uma distância tão grande da eleição como a que estamos agora.

Com essas cautelas em mente, podemos considerar o que as atuais pesquisas permitem dizer sobre o desempenho do PSDB nas eleições de outubro. Sabendo que teremos que sempre atualizar as avaliações, à medida que nos aproximarmos delas, fazer esse exercício pode nos ajudar a identificar onde devemos concentrar a atenção no desenrolar do processo.

Salvo se algo muito extraordinário acontecer, sairá do PSDB o principal candidato de oposição ao nome que representará, em 2010, a continuidade do atual governo. Quanto a se esse será do PT ou de outro arranjo partidário, é muito cedo para dizer. Hoje, a chance maior é que venha mesmo do partido de Lula.

No campo oposto, parece improvável que surja alguma candidatura viável vinda de outro partido que não o PSDB. Nenhum dos outros que estão na oposição tem nomes com perspectivas maiores que os tucanos.
Pensemos nas chances do PSDB nas eleições de prefeito nas 10 principais capitais estaduais, a partir das quais se fará o “balanço das urnas” em outubro.

Começando pelo Sul, o PSDB tem uma candidatura sem qualquer perspectiva em Porto Alegre e uma vitória segura em Curitiba, tão certas quanto se podem considerar eleições a esta altura. O malogro da candidatura tucana em Porto Alegre não tem nada a ver com os problemas da governadora Yeda Crusius, pois sempre foi uma eleição polarizada entre a reeleição de José Fogaça e as três (ou duas) candidaturas de mulheres de esquerda.

Em Curitiba, o prefeito Beto Richa pode ser o campeão de votos nas capitais, coroando uma administração aprovada quase por consenso. Com ele, ganha um PSDB de sangue novo.

Passando ao Norte, o PSDB não encabeça chapa majoritária nem em Belém, nem em Manaus. Especialmente no Pará, aonde chegou ao governo por duas vezes, não se pode dizer que é muito. No Amazonas, base eleitoral de uma das lideranças mais exuberantes do partido, o senador Arthur Virgílio, o desempenho só não é pior que em 2004, quando o filho do senador mal passou de 3% ao disputar a prefeitura da capital.

Nas três maiores cidades do Nordeste, o PSDB só tem candidato próprio em Salvador, onde, aliás, tem chance real de vitória, mesmo em uma eleição tão disputada como deve ser a da capital baiana. Em Recife e em Fortaleza, os tucanos apóiam candidaturas de outros partidos, o que chega a ser surpreendente, pois a primeira é a base eleitoral do presidente da sigla e a segunda a sede de um dos mais influentes núcleos regionais do PSDB.

Restam Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, os três principais colégios eleitorais do país. No Rio, onde venceu eleições majoritárias no passado, o PSDB não tem candidato a prefeito e integra a chapa de Fernando Gabeira.

A respeito de São Paulo, todos sabem: o PSDB tem grande chance de vitória, com Alckmin, com reflexos ainda pouco claros sobre 2010. O próprio ex-governador, vencendo, sai da corrida para indicação do candidato a presidente. Perdendo, mais ainda. Serra já perdeu, qualquer que seja o vitorioso. A dúvida é quanto essa derrota vai repercutir em sua declarada intenção de ser o candidato de seu partido.

Em Belo Horizonte, um paradoxo: o PSDB optou por não ter candidato, mas o governador Aécio Neves tem tudo para ser o grande vitorioso, dentro do PSDB, na eleição deste ano. Para isso, basta que o candidato do PSB, que apóia, confirme, nas urnas, o prognóstico de quem entende de política mineira.
Com Aécio e Beto Richa, o PSDB muda de geração e de geografia.

Café quente e horário gratuito na TV

Ontem, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) definiu, por meio de sorteio, o tempo e a ordem de cada partido ou coligação no horário gratuito na TV e na rádio, em Curitiba.

No primeiro programa, em 19 de agosto, a ordem entre os candidatos a prefeito será a seguinte:

Beto Richa (PSDB), da “Curitiba - O Trabalho Continua”: 11 minutos e 46 segundos
Mauricio Furtado (PV): 1 minuto e 45 segundos
Lauro Rodrigues (PTdoB): 1 minuto e 17 segundos
Gleisi Hoffman (PT), da “Curitiba Para Todos”: 5 minutos e 11 segundos
Fábio Camargo (PTB), da “Uma Só Curitiba”: 2 minutos e 8 segundos
Reitor Moreira (PMDB): 4 minutos e 43 segundos
Bruno Meirinho (PSOL), da “Frente de Esquerda Curitiba”: 1 minuto e 22 segundos
Ricardo Gomyde (PCdoB): 1 minuto e 45 segundos.

Depois será feito um rodízio e então o primeiro passará a ser o último e assim sucessivamente.

Wordle, blogs e as eleições americanas

Para quem ainda não conhece o Wordle, trata-se de um programa que permite obter um retrato visual dos blogs, com os termos mais freqüentes refletidos num tamanho maior.

E foi usando este programa que o jornal americano "The Boston Globe" fez uma uma análise das palavras mais populares nos blogs dos dois candidatos à Presidência dos Estados Unidos e chegou a seguinte conclusão:

- "Obama" é a palavra mais encontrada no blog "McCain Report" do republicano John McCain, de acordo com o retrato visual do seu blog;

- Já o blog do democrata Barack Obama, Obamablog, mostra que ele utiliza com muita freqüência a palavra mudança, mote da sua campanha muito bem sintetizado no slogan "yes, we can".

Isso demonstra que Obama dá pouca atenção ao seu adversário.Bom, pelo menos no seu blog, né?

Amei esse tal de Wordle!

Essa notícia merece um café!!!

Ontem,dia 04, a Ordem dos Advogados do Brasil, seção Paraná (OAB-PR), lançou o Comitê Cidadania e Voto Consciente,em Curitiba. Esse comitê tem como principais objetivos orientar os eleitores sobre o voto e denunciar casos de corrupção eleitoral, como a compra de votos que é um dos crimes eleitorais mais comuns. Pois é, infelizmente essa prática ainda persiste nos dias de hoje. Alguns eleitores acabam trocando o seu voto por um quilo de alimento, remédios, roupas ou qualquer outra modalidade de assistencialismo; ou ainda motivados por algum tipo de pressão, como faziam os antigos coronéis com seus chamados currais eleitorais e como as milícias e o tráfico estão tentando hoje fazer no Rio de Janeiro. Essas práticas são abomináveis e, por isso, devem ser fortemente combatidas com iniciativas como essa da OAB-PR.O comitê contará com uma equipe de 66 advogados voluntários, encarregados de analisar e encaminhar ao Ministério Público (MP) possíveis denúncias de casos de corrupção eleitoral, que poderão ser feitas pelos eleitores pessoalmente ou pelo telefone (41) 3253-9840. No mais, é cada um fazer a sua parte!

Café quente, debate morno!

Morno e previsível. Assim podemos definir o 1º debate entre os candidatos à Prefeitura de Curitiba, realizado ontem pela Band.

Em alguns momentos, o debate lembrava um um teatrinho sem grandes emoções, com perguntas combinadas entre os candidatos Carlos Moreira (PMDB) e a Gleise Hoffman (PT)com o objetivo claro de atingir o candidato à releição Beto Richa (PSDB), que, na minha opinião, se comportou muito bem durante o debate, pelo menos até a hora em que eu assisti. Pois de tão morno que estava o debate senti sono e fui dormir. Decisão acertada!As matérias nos jornais de hoje comprovam isso.

O ponto alto do debate foi justamente o momento em que Richa rebateu às críticas de Moreira que questionou os gastos com propaganda e publicidade da atual administração. No primeiro questionamento, Moreira disse que o orçamento de Richa prevê R$ 30 milhões para propaganda e apenas R$ 250 mil para atendimento a deficientes físicos. O candidato do PSDB rebateu Moreira afirmando que o concorrente estava mal informado e que não sabia diferenciar publicidade e propaganda. Beto também aproveitou para falar da austeridade com que ele vem gerindo os gastos públicos.

Gleise Hoffmann pegou carona no questionamento feito por Moreira falou dos gastos com creches comunitárias, destacando que são inferiores aos gastos feitos comem publicidade e propaganda. A candidata também criticou bastante o sistema de saúde.

Durante as suas falas, Hofmann mostrou muito segurança. Ela passa credibilidade, principalmente ao eleitorado feminino, pois parece falar para mulheres. Sabe aquela coisa Marisa “de mulher para mulher”? Então, a Gleise é nossa Marisa, a loja, não a 1ª dama do país. A candidata deve atentar para o fato que o eleitorado não é formado somente por mulheres.

Lembram do post de ontem com o diálogo dos velhinhos, quando um deles afirmavam que os candidatos explorariam a questão de segurança? Pois é, não é que durante o debate o tema segurança veio à tona numa pergunta feita por um dos candidatos (agora não lembro qual!) ao Fábio Camargo, que acabou elogiando a guarda municipal, não sem antes falar que a segurança é uma responsabilidade do Estado. Ele defendeu a criação de módulos municipais para o policiamento nos bairros e a necessidade de parcerias entre a Polícia Militar a e prefeitura. No teatro, ou melhor no debate de ontem o papel de bom moço ficou mesmo com Fábio Carmargo que fez questão de ressaltar que, ao contrário do que foi divulgado pela imprensa de que o debate seria um "sete contra um", referindo-se a uma possível união dos adversários para atacarem o prefeito Beto Richa, "eu não sou contra este ou aquele candidato. Eu sou a favor de Curitiba". Então tá, né?

O candidato do PV, Maurício Furtado, criticou a linha verde e como proposta para solucionar os problemas de trânsito da nossa cidade apresentou a bicicleta. Hmmmmm...será que ele utiliza a bicicleta como meio de transporte? Sei não...

A comédia pastelão (tinha que ter né?) ficou por conta do candidato Lauro Rodrigues (PT do B) que estava muito nervoso, mas muuuuito, muuuuitoooo nervoso. Ele não falou coisa com coisa. Até tentava, mas...Iniciava uma fala e de repente ponto com cara de reticências, porque todo mundo ficava esperando ele terminar a frase e nada. Pior do que isso, foi a sua apresentação no início do programa quando ele se atrapalhou completamente e mandou um “corta, corta!” Como assim, cara pálida? O programa não é ao vivo?

E o Ricardo Gomyde hein? Como diria Hebe Camargo, ele é uma gracinha!Mas mostrou-se inseguro, nervoso e, em alguns momentos, ingênuo. Principalmente, quando apresentava o esporte como a solução para todo os nossos problemas, principalmente os de nossa juventude. Mas cumpriu bem o seu papel e vendeu o seu peixe falando do seu trabalho frente à Paraná Esportes.

Ah, e o Bruno Meirinho (PSOL) falou, falou, falou sobre “catracas”, referindo a um episódio em que um grupo de jovens foram barrados de um shopping e reclamou do diretos de ir, vir e entrar em qualquer lugar. Sobre isso, nada a declarar!

Enfim, não gostei do debate! Agora vamos esperar o próximo.

Bye!