sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Café quente, debate morno!

Morno e previsível. Assim podemos definir o 1º debate entre os candidatos à Prefeitura de Curitiba, realizado ontem pela Band.

Em alguns momentos, o debate lembrava um um teatrinho sem grandes emoções, com perguntas combinadas entre os candidatos Carlos Moreira (PMDB) e a Gleise Hoffman (PT)com o objetivo claro de atingir o candidato à releição Beto Richa (PSDB), que, na minha opinião, se comportou muito bem durante o debate, pelo menos até a hora em que eu assisti. Pois de tão morno que estava o debate senti sono e fui dormir. Decisão acertada!As matérias nos jornais de hoje comprovam isso.

O ponto alto do debate foi justamente o momento em que Richa rebateu às críticas de Moreira que questionou os gastos com propaganda e publicidade da atual administração. No primeiro questionamento, Moreira disse que o orçamento de Richa prevê R$ 30 milhões para propaganda e apenas R$ 250 mil para atendimento a deficientes físicos. O candidato do PSDB rebateu Moreira afirmando que o concorrente estava mal informado e que não sabia diferenciar publicidade e propaganda. Beto também aproveitou para falar da austeridade com que ele vem gerindo os gastos públicos.

Gleise Hoffmann pegou carona no questionamento feito por Moreira falou dos gastos com creches comunitárias, destacando que são inferiores aos gastos feitos comem publicidade e propaganda. A candidata também criticou bastante o sistema de saúde.

Durante as suas falas, Hofmann mostrou muito segurança. Ela passa credibilidade, principalmente ao eleitorado feminino, pois parece falar para mulheres. Sabe aquela coisa Marisa “de mulher para mulher”? Então, a Gleise é nossa Marisa, a loja, não a 1ª dama do país. A candidata deve atentar para o fato que o eleitorado não é formado somente por mulheres.

Lembram do post de ontem com o diálogo dos velhinhos, quando um deles afirmavam que os candidatos explorariam a questão de segurança? Pois é, não é que durante o debate o tema segurança veio à tona numa pergunta feita por um dos candidatos (agora não lembro qual!) ao Fábio Camargo, que acabou elogiando a guarda municipal, não sem antes falar que a segurança é uma responsabilidade do Estado. Ele defendeu a criação de módulos municipais para o policiamento nos bairros e a necessidade de parcerias entre a Polícia Militar a e prefeitura. No teatro, ou melhor no debate de ontem o papel de bom moço ficou mesmo com Fábio Carmargo que fez questão de ressaltar que, ao contrário do que foi divulgado pela imprensa de que o debate seria um "sete contra um", referindo-se a uma possível união dos adversários para atacarem o prefeito Beto Richa, "eu não sou contra este ou aquele candidato. Eu sou a favor de Curitiba". Então tá, né?

O candidato do PV, Maurício Furtado, criticou a linha verde e como proposta para solucionar os problemas de trânsito da nossa cidade apresentou a bicicleta. Hmmmmm...será que ele utiliza a bicicleta como meio de transporte? Sei não...

A comédia pastelão (tinha que ter né?) ficou por conta do candidato Lauro Rodrigues (PT do B) que estava muito nervoso, mas muuuuito, muuuuitoooo nervoso. Ele não falou coisa com coisa. Até tentava, mas...Iniciava uma fala e de repente ponto com cara de reticências, porque todo mundo ficava esperando ele terminar a frase e nada. Pior do que isso, foi a sua apresentação no início do programa quando ele se atrapalhou completamente e mandou um “corta, corta!” Como assim, cara pálida? O programa não é ao vivo?

E o Ricardo Gomyde hein? Como diria Hebe Camargo, ele é uma gracinha!Mas mostrou-se inseguro, nervoso e, em alguns momentos, ingênuo. Principalmente, quando apresentava o esporte como a solução para todo os nossos problemas, principalmente os de nossa juventude. Mas cumpriu bem o seu papel e vendeu o seu peixe falando do seu trabalho frente à Paraná Esportes.

Ah, e o Bruno Meirinho (PSOL) falou, falou, falou sobre “catracas”, referindo a um episódio em que um grupo de jovens foram barrados de um shopping e reclamou do diretos de ir, vir e entrar em qualquer lugar. Sobre isso, nada a declarar!

Enfim, não gostei do debate! Agora vamos esperar o próximo.

Bye!

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