sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Paixão pelo Marketing Político...como tudo começou!


Eu nunca me senti atraída pelo poder, mas sim pelos seus bastidores. Esse gosto estranho talvez justifique, mesmo sem saber, a minha escolha pelo curso de Relações Públicas.

Lembro que uma vez uma professora minha falou que um bom profissional de relações públicas não pode querer os holofotes para si, pois não é esse o papel que nos cabe, pois não devemos nunca aparecer mais que os nossos clientes. Se isso acontecer é porque tem alguma coisa errada, ou, melhor estamos no lugar, na profissão errada. A nosssa missão é fazer os outros brilharem, entenderam?

Nessa mesma época, eu comecei a trabalhar como assessora parlamentar na Assembléia Legisltiva do Estado do Amazonas (ALE). Nada de muita responsabilidade, pois a minha pouca idade (eu tinha apenas 19 anos) não permitia. A minha função lá era apenas digitar os discursos do meu chefe enviados pelo pessoal da tipografia e fazer o clipping daquela pilha de jornais. Confesso que não era muito interessante,até que eu comecei a trabalhar no plenário, assessorando o meu chefe. Foi aí então que eu comecei a conhecer os meandros da política. Aprendi que não é no plenário, na arena, que as coisas acontecem e as decisões são tomadas. Tudo isso rola é nos bastidores! E eu acompanhava tudo com muita atenção: as negociações, as barganhas, as brigas, as alianças, etc.

E meu interesse pelos bastidores da política aumentava a cada dia. Mas eu pensava comigo: “gosto disso, mas não quero ser política e ficar sob os holofotes”. Até que um caiu em minhas mãos um livro chamado “Voto é marketing...o resto é política” e me apaixonei pelo assunto e decidi: é isso que eu quero fazer! Pois descobri que uma boa estratégia de marketing aliada ao poder dos meios de comunicação é capaz de mudar os rumos de um país, modificando os nossos pensamentos, nossas opiniões convicções e até mesmo nosso comportamento. A então recente campanha do Collor comprovava tal fato.

Depois vieram as grandes campanhas coordenadas pelo mago do marketing político Duda Mendonça. E eu queria ser uma “Duda Mendonça”. Muita pretensão? Não, pois se quisermos e fizermos um bom uso do marketing político podemos chegar à Presidência da República. Aí, ou melhor, lá está o Lula para comprovar.

Bom, eu não quero chegar à Presidência da República, mas à sala ao lado, nos bastidores, onde tudo realmente acontece!

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